Esses cursos referente as 4ªs feira com início 07/11 e vai até 20/11
DA NATUREZA DAS COISAS, DE LUCRÉCIO
Curso ministrado por Angélica Chiapetta, graduada em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo, atualmente é Professora e Doutora na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo tem experiência em Letras e ênfase em Letras Clássicas.
O curso propõe a leitura do poema de Lucrécio, De Rerum Natura (‘Da Natureza das Coisas’). A obra reflete um estágio antigo de integração entre poesia e filosofia que a tradição posterior separou em modalidades de escrita diferentes. Dividido em seis livros, usando o verso hexâmetro datílico, próprio da tradição épica, o poema tem como propósito mostrar as bases da filosofia de Epicuro. Narra aos homens a história do universo para que se libertem do temor da morte e busquem o prazer como bem supremo. Pensar poeticamente o mundo é, para Lucrécio, um remédio para os males de que padecem os homens. “Nada pode vir do nada”, “tudo é corpo e vazio”, a alma é material e mortal, os deuses são indiferentes aos homens. Dessa perspectiva, o poeta discorre, em caráter enciclopédico, sobre a conformação do universo, o movimento dos átomos, o amor, os processos vitais e afetivos, a origem da civilização e da moral, numa pletora de temas que, segundo o próprio autor, exigiram trabalho árduo com o vocabulário da língua latina, até então (início do séc.I aC) não acostumada aos temas filosóficos. Repleta de achados poéticos e imagens brilhantes, a obra foi emulada já na Antigüidade por Virgílio e Ovídio. Para Ítalo Calvino, Lucrécio, assim como Ovídio, é um poeta da “leveza”; no De Rerum Natura o conhecimento do mundo se transforma na percepção de que o mundo é infinitamente minúsculo, móvel e leve.
Das 10h30 às 12h30
DA DOUTRINAÇÃO NAS ARTES À ESTATIZAÇÃO
Leon Kossovitch graduado em engenharia civil pela Universidade de Uberada, posteriormente, graduou-se em filosofia na Universidade de São Paulo, onde mais tarte obteve graus de Mestre e Doutor e é Professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
- O emudecimento oitocentista das doutrinas greco-romanas.
- Do hieratismo de David à subversão dos gêneros na paródia de Coubert; a elevação dos gêneros baixos em Corot e Barbizon, em Constable e Turner.
- A comoção no visionário de Füssli e Blake, passando ao político de Goya e Daumier.
- O impressionismo no desfazimento das hierarquias artístico-políticas e a ressituação dos gêneros como campos de investigação pictórica, matrializado Chardin.
- Vertentes ulteriores: oscilações geométricas de Cézanne, vibrações pontilhistas de Seurat , com novos cruzamentos estéticos e políticos, como no Pissarro anti-simbolista, enovas comoções pictóricas e antropológicas, como Van Gogh e Gauguin, Japão e Oceania.
- Os afetos terríveis em Géricaut e os étnicos em Delacroix. A teatralização no Simbolismo, sobrecarregado em Moreau e Redon, aliviado na visionariedade de Kubin e Munchdiante das galas de Klimt.
- A vertente pontilhista no Fauves, em que ressalta a linearidade de Rousseau, bruteza já avançada por (Art) Ensor.
- A intrusão, não da arte outra na arte, mas da não arte na arte mesma: recortes cubistas como solventes braquiano-picassianos de uma instituição restante.
- A vertigem na aceleração da geração dos fins do XIX e começo do XX. Abstração nascida do Expressionismo, Kandisky, o Dadaísmo alemão, também, do Expressionismo,Grosz, Dix, Beckmann e seu, como se diz, “Realismo”. Do Pontilhismo ao Cubismo ao Futurismo italiano e ao russo, cruzamentos e entrecruzamentos.
- Auge: do Dadaísmo de Zurique ao de Hanôver e Berlim: a estetização como jogo de humor e como nada, respectivamente, Surrealismo que se politiza e Niilismo como estéticadespolitizada. Tzara, Picabia, Ernst versus Grosz, Dix, Herzfeld, passante Lissitzky, mensageiro do Futurismo russo.
- A sombra, para lá do Niilismo, da história da arte nestes Alemães. Analogias com a projeção histórica em outros egressos das vanguardas, Carrà, Derain.
- A dissolução da instituição artística pela academização já centenária das estéticas correntes: exemplificação pelo Novo Realismo de Restany, em que se consagra, agora nas duas margens do Atlântico, a mercadoria e o Quodlibet.
Das 17h as 19h