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segunda-feira, 29 de julho de 2013

2ª DA ARTE

TEMPO, VIDA BOA E EXERCÍCIO FILOSÓFICO

Professor Mauricio Marsola
De 05/08  a 18/11
das 10h30 às 12h30
Busto de Aristóteles
Busto de Aristóteles
O curso visa abordar questões da relação existente entre temporalidade e busca de uma vida vivida de modo pleno, tal como tematizado pelas escolas filosóficas helenísticas. A partir de tais questões, serão retomadas as discussões acerca dos temas do cuidado de si e do conhecimento de si conforme o roteiro estabelecido por M. Foucault em Hermenêuticas do sujeito. Além disso, será abordada a clássica discussão acerca da felicidade, tal como apresentada por Aristóteles na Ética a Nicômaco.


PRÁTICA E REFLEXÃO SOBRE O DESENHO

Professor Evandro Carlos Jardim
De 05/08 a 18/11
16h00 às 18h00

    Pablo Picasso L'acrobate bleu 1929
    Pablo Picasso, L'acrobate bleu
    •  Prática e reflexão sobre o desenho, sua história, técnicas e procedimentos como expressão gráfica de uma idéia, considerando o projeto pessoal de cada participante.
    • O desenho como expressão e sua materialidade.
    • Elementos de composição: o ritmo interior, o movimento dinâmico e o movimento “imobilizado”. Continuidade de linhas. As linhas de força.
    • Desempenho destes movimentos na prática.
    • O material e o instrumental de trabalho.
    • Apreciação dos trabalhos realizados.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

6ª DA ARTE

ROMANCES E NÃO-ROMANCES

De 02/08 a 29/11/2013
das 10h30 a 12h30

Professora Adma Muhana graduada em Teoria Literária pela Universidade Estadual de Campinas, mestrado em Letras pela Universidade de São Paulo e doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Ex docente da Unicamp, atualmente é professora da área de Literatura portuguesa da Universidade de São Paulo. 

voltaire-por-Nicolas-de-Largillière-reprodução
Nicolas de Largillière, Voltaire aos 22 anos

Propõe-se a leitura de uma epopeia em prosa, Os Infortúnios trágicos da Constante Florinda, escrita em 1623 pelo português Gaspar Pires de Rebelo. A obra teve grande repercussão na Península Ibérica, propagando uma moral contra-reformista e sustentada pela retórica como arte dos discursos. Menos conhecido dos estudos literários é o dato de que tal obra e outras do seu gênero foram retomadas e parodiadas pelos romances filosóficos francês e inglês do século XVIII, como Pamela, ou a virtude recompensada(1759), de Voltaire; e Justine, ou os infortúnios da virtude (1788), do Marquês de Sade. O romance iluminista do Setecentos, assim, será visto por uma perspectiva de contraposição às letrar ibéricas seiscentistas, sendo analisado como uma resposta àquelas e delas dependente.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

5ª DA ARTE

SÉCULO XX NAS ARTES

De 08/08 a 28/11
das 1h30 às 12h00
Professor Marco Antonio Guerra, formado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e tem mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo, onde atualmente é professor Doutor.
images (1)O mundo industrial e seus reflexos na cultura. Um novo público e as grandes transformações estéticas que anteciparam o século XX.





VERDI E WAGNER- O CURSO DO BICENTENÁRIO


De 01/08 a 21/11
das 14h30 às 16h30
Professor Irineu Franco Perpetuo
Bayreuth128Em  2013 comemora-se o bicentenário de  nascimento  dos  dois  mais importantes compositores de  ópera do século XIX: Giuseppe Verdi, ápice da escola italiana, e Richard Wagner, maior expoente do estilo germânico. O curso vai explorar as principais óperas de ambos os compositores, explicando cada uma delas, com trechos ricamente ilustrados das melhores gravações em DVD.




LETRAS DO CONCEITO ENGENHOSO


De 01/08 a 21/11
das 18h00 às 20h00
Professor João Adolfo Hansen
Bernini-ApolloandDaphneO curso trata de textos de autores dos séculos  XVI e XVII hoje classificados como “barrocos”, relacionando-os com  questões críticas da cultura do presente: D. Luís de Góngora y Argote, Francisco Quevedo, Sor Juana Inés de la Cruz, Gregório de Matos e Guerra, Antônio Vieira, John Donne, Andrew Marvell etc.
Define historicamente categorias e procedimentos, como agudeza, conceito engenhoso, decoro, desengano, discrição, dissimulação honesta, emulação,engenho, erudição, ética/etiqueta, gosto, imitação, juízo, ocasião, prudência,razão de Estadosimulação, sindéreseut pictura poesis, verossimilhança,vulgaridade etc., recorrendo a textos doutrinários de autores gregos, latinos e dos séculos XVI e  XVII.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

4ª FEIRA DA ARTE

Esses cursos referente as 4ªs feira com início 07/11 e vai até 20/11

DA NATUREZA DAS COISAS, DE LUCRÉCIO
Curso ministrado por Angélica Chiapetta, graduada em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo, atualmente é Professora e Doutora na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo tem experiência em Letras e ênfase em Letras Clássicas.
O curso propõe a leitura do poema de Lucrécio,  De Rerum Natura (‘Da Natureza das Coisas’). A obra reflete um estágio antigo de integração entre poesia e filosofia que a tradição posterior separou em modalidades de escrita diferentes. Dividido em seis livros, usando o verso hexâmetro datílico, próprio da tradição épica, o poema tem como propósito mostrar as bases da filosofia de Epicuro. Narra aos homens a história do universo para que se libertem do temor da morte e busquem o prazer como bem supremo. Pensar poeticamente o mundo é, para Lucrécio, um remédio para os males de que padecem os homens. “Nada pode vir do nada”, “tudo é corpo e vazio”, a alma é material e mortal, os deuses são indiferentes aos homens. Dessa perspectiva, o poeta discorre, em caráter enciclopédico, sobre a conformação do universo, o movimento dos átomos, o amor, os processos vitais e afetivos, a origem da civilização e da moral, numa pletora de temas que, segundo o próprio autor, exigiram trabalho árduo com o vocabulário da língua latina, até então (início do séc.I aC) não acostumada aos temas filosóficos. Repleta de achados poéticos e imagens brilhantes, a obra foi emulada já na Antigüidade por Virgílio e Ovídio. Para Ítalo Calvino, Lucrécio, assim como Ovídio, é um poeta da “leveza”; no De Rerum Natura o conhecimento do mundo se transforma na percepção de que o mundo é infinitamente minúsculo, móvel e leve.
Das 10h30 às 12h30

DA DOUTRINAÇÃO NAS ARTES À ESTATIZAÇÃO
Leon Kossovitch graduado em engenharia civil pela Universidade de Uberada, posteriormente, graduou-se em filosofia na Universidade de São Paulo, onde mais tarte obteve graus de Mestre e Doutor e é Professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
  1. O emudecimento oitocentista das doutrinas greco-romanas.
  2. Do hieratismo de David à subversão dos gêneros na paródia de Coubert; a elevação dos gêneros baixos em Corot e Barbizon, em Constable e Turner.
  3. A comoção no visionário de Füssli e Blake, passando ao político de Goya e Daumier.
  4. O impressionismo no desfazimento das hierarquias artístico-políticas e a ressituação dos gêneros como campos de investigação pictórica, matrializado Chardin.
  5. Vertentes ulteriores: oscilações geométricas de Cézanne, vibrações pontilhistas de Seurat , com novos cruzamentos estéticos e políticos, como no Pissarro anti-simbolista, enovas comoções pictóricas e antropológicas, como Van Gogh e Gauguin, Japão e Oceania.
  6. Os afetos terríveis em Géricaut e os étnicos em Delacroix. A teatralização no Simbolismo, sobrecarregado em Moreau e Redon, aliviado na visionariedade de Kubin e Munchdiante das galas de Klimt.
  7. A vertente pontilhista no Fauves, em que ressalta a linearidade de Rousseau, bruteza já avançada por (Art) Ensor.
  8. A intrusão, não da arte outra na arte, mas da não arte na arte mesma: recortes cubistas como solventes braquiano-picassianos de uma instituição restante.
  9. A vertigem na aceleração da geração dos fins do XIX e começo do XX. Abstração nascida do Expressionismo, Kandisky, o Dadaísmo alemão, também, do Expressionismo,Grosz, Dix, Beckmann e seu, como se diz, “Realismo”. Do Pontilhismo ao Cubismo ao Futurismo italiano e ao russo, cruzamentos e entrecruzamentos.
  10. Auge: do Dadaísmo de Zurique ao de Hanôver e Berlim: a estetização como jogo de humor e como nada, respectivamente, Surrealismo que se politiza e Niilismo como estéticadespolitizada. Tzara, Picabia, Ernst versus Grosz, Dix, Herzfeld, passante Lissitzky, mensageiro do Futurismo russo.
  11. A sombra, para lá do Niilismo, da história da arte nestes Alemães. Analogias com a projeção histórica em outros egressos das vanguardas, Carrà, Derain.
  12. A dissolução da instituição artística pela academização já centenária das estéticas correntes: exemplificação pelo Novo Realismo de Restany, em que se consagra, agora nas duas margens do Atlântico, a mercadoria e o Quodlibet.


Das 17h as 19h

terça-feira, 23 de julho de 2013

3ª FEIRA DA ARTE

Ambos os cursos são referentes as 3ªs feira e são ministrados pelo Luciano Migliaccio que também é Professor e Doutor na USP ( Universidade de São Paulo), teve formação em Lettere e Filosofia pela Universitá degli Studi di Pisa e atua principalmente com história da arte.
As aulas começam em 06/08/2013 e vão até 19/11/2013

BARROCO, EUROPEU, BARROCO LATINOAMERICANO

O curso visa oferecer informação básica sobre os principais aspectos e artistas do Barroco Europeu e Latinoamericano, através dos seguintes
tópicos:
220px-G_r_186
Francesco Borroni, igreja de Sant'Ivo alla Sapienza - Roma
  1. Bernini artífice do Barroco Romano
  2. Pietro da Cortona e a pintura decorativa do Barroco na Itália
  3. Borromini, Guarani e a arquitetura do Barroco nos centros italianos
  4. O Classicismo barroco entre Roma e Bolonha
  5. Rubens, a Companhia de Jesus e o Barroco
  6. O Barroco na Espanha e em Portugal
  7.  O Barroco híbrido na região dos Andes
  8.  Os jesuítas e o Barroco latinoamericano
  9.  A arte dos jesuítas no Brasil
  10. Os centros do Barroco no Brasil Colonial
  11. O efêmero barroco
das 14h30 às 16h00


VANGUARDAS DO SÉCULO XX

O curso examina ao longo de 16 aulas as poéticas de algumas das vanguardas da primeira metade do século XX, analisando as obras principais dos artistas mais significativos, desenvolvendo os seguintes tópicos:
unique-forms-of-continuity-in-space-1913
Umberto, formas de continuidade no espaço - MoMa Nova York
  1. Os Fauves
  2. A vanguarda expressionista alemã: Die Brücke
  3. A vanguarda expressionista alemã: Der Blaue Reiter
  4. O cubismo na fase analítica e sintética
  5. O cubismo órfico e o Esprit Nouveau
  6. O futurismo italiano
  7. Dada
  8. De Stijl e o neoplasticismo holandês
  9. O construtivismo russo
  10. O surrealismo
 das 16h30 às 18h30


Realizamos matrícula por telefone, mas em todo caso será um prazer recebe-los pessoalmente.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Cursos Augôsto

Nosso espaço Augôsto Augusta Cultural, é um lugar onde pode-se pensar e argumentar, discutir e aprender, entender e viver com a arte, seus pensamentos, suas manifestações e suas intenções. Aconchegante e moderno, além de ser livraria e galeria também é um local de aprendizado através de aulas. Temos uma agenda semestral, são cursos que envolvem música, teatro, literatura, filosofia, cinema, desenho, história da arte e da cultura. Os professores que ministram esses cursos são de formação excelente e conhecimento vasto.
Esse semestre serão oferecidos os seguintes cursos:


Durante essa semana, estaremos disponibilizando aqui no blog um breve texto falando sobre cada curso!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Purismo

Andrée Ozenfant
O purismo veio depois do cubismo e foi lançado com um livro em 1918, Aprés le cubisme. Seus autores, Amédée Oxenfant e Charles Edouard Jeannert, declararam que o cubismo tinha acabado por não reconhecer seu próprio significado ou o significado da época do pós-guerra: era a "arte conturbada de um período conturbado". O purismo pretendia levar o cubismo às suas devidas conclusões, as de uma época de ordem cooperativa e construtiva. 
Botella cazza topa -Ozenfant
Alguns conceitos defendidos largamente pelo movimento purista foram a beleza da funcionalidade eficiente, a razão na arte, a importância da precisão e o destaque do essencial e coletivo. A arte purista retoma muitos temas do cotidiano, e os artistas pertencentes ao movimento negavam que houvesse uma abstração geométrica. Apenas defendiam a construção de "objetos types", que significa "objetivo padrão", inspirados na natureza e na produção humana, como as máquinas.
Foi um movimento muito ambicioso, que teve uma vida breve (sete anos) e foi somente através da arquitetura de Le Corbusier  que alcançou sua grande reputação internacional. Durante seu tempo de vida, trabalhos puristas foram expostos até em Praga, mas o grande impacto do pós-guerra na pintura e na escultura proveio de De Stijl  ( grupo formado através da publicação da revista De Sttijl na Holanda em 1917) do construtivismo e do surrealismo.
Clareza e objetividade eram centrais para o tema purista, a arte caminhava "vers le cristal"(na direção do cristal). Entretanto Ozenfont e Jeanneret deram às suas declarações a insistência repetitiva de profetas oferecendo a revelação: Aprés Le Cubisme foi uma declaração de fé apaixonada, e a opinião editorial da revista do movimento L' Esprit Nouveau (1920-25), era apresentada com a força de um manifesto.
Le Corbusier - Charles Edouard Jeannert
O seu empreendimento final, La pinture moderne, aguçou essa força. O que Cocteau qualificou de "O chamado à ordem" foi realizado por Ozenfont e Jeannert com fervor, um sentimento de determinação revolucionária e uma total apreciação da tática de guerrilha cultural. 
Entretanto, o dinamismo das publicações puristas esfria quando se cotejam as ideias que elas apresentam com a exatidão calma das obras puristas.O movimento parece calculado para gerar oposição. Aí figuram muitos daqueles ideais da estética moderna não apreciados pela opinião pública: a beleza da eficiência funcional, a importância do intelecto, a nenhuma importância dos indivíduos, o valor da precisão.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Cubismo

Les Demoiselles d'Aviignon  - Pablo Picasso

  O cubismo se desenvolveu em Paris nas primeiras duas décadas do século XX.
Em 1907, Pablo Picasso (1881-1973) revelou a primeira pintura cubista, Les Demoiselles d'Avignon, baseado em uma lembrança de um bordel da Calle Avinyó, em Barcelona, o quadro apresentava um tema inusitado e um estilo radical.
André Derain, Georges Braque e Henri Matisse foram alguns dos artistas que foram ver a obra, e todos rejeitaram, desdenharam de Picasso, achando que fosse algum tipo de brincadeira.
Foram necessários mais de 30 anoso para que o mundo das artes aceitasse o quadro que traçou os rumos do cubismo, prefigurou a colagem e influenciou praticamente todos os outros movimentos importantes da arte do século XX.
Casas em L'Estaque - Georges Braque
O movimento foi liderado por Picasso e Braque (que superou sua aversão inicial ao estilo). Os dois pintores tinham grande interesse pela obra do pós-impressionista francês Paul Cézanne e considerava sua abordagem plana e abstrata muito atraente. Cézanne via formas geométricas básicas, como a esfera, o cone e o cilindro, na natureza, e uma exposição póstuma da sua obraa no Salão de Outono em 1907 se revelou o catalisador do cubismo. Como Cézanne, os cubistas insistiam que a arte não era uma cópia, mas um paralelo da natureza. No entanto, foram além do mestre pré-impressionista ao desenvolverem esse conceito. Outra influência importante do cubismo foi a arte africana, como é possível ver nos rostos semelhantes as máscaras de Les Demoiselles s'Avignon, de Picasso, e na paleta de cores naturais terrosos que dominaram a boa parte das obras iniciais do movimento.
Retrato de Picasso - Juan Gris
Picasso e Braque eram considerados líderes do movimento nascente, não por um acordo mútuo, mas simplesmente porque ambos os artistas estavam seguindo direção semelhante no mesmo momento. A estreita  colaboração entre os dois pintores fez com que Braque comparasse seu relacionamento com Picasso ao de dois alpinistas que dividem a mesma corda, cada um ajudando o outro a escalar.
Entre 1907 e 1912, os dois criaram aqueles que hoje são considerados os primeiros quadros cubistas "analíticos". Tratava-se de experiências que tentavam entender não apenas como a câmera ou o olho podiam capturar uma imagem, mas também a maneira como, segundo eles, a mente a processava.
Os artistas "decompuseram" intelectualmente as estruturas a fim de analisá-las e recriá-las. O resultado foi uma série de pinturas que retratavam o mundo como ele jamais havia sido visto.
Construíram imagens austeras que apresentavam visões complexas e múltiplas de um objeto reduzido a planos sobrepostos opacos e transparentes. Usaram tons de cinza, preto, azul,  verde e ocre. Nessas imagens frias e achatadas, as formas naturais eram reduzidas a figuras geométricas, em especial cilindros, esferas e cones.


Livros
Cubismo de David Cottington
Pablo Picasso de Igor F. Walther
Tudo sobre arte de Stephen Farthing

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Expressionismo


O expressionismo se desenvolveu principalmente na Alemanha, foi um movimento artístico de vanguarda que buscava os sentimentos e a emoção do autor.
Franz Marc -Vaca amarela 
A definição do expressionismo, de fato ficou marcada depois da publicação de uma revista norte-americana, que popularizou na América o expressionismo, partindo do princípio de que o excesso emocional era norma da arte.
No entanto, esse conceito nuclear de "expressionismo", vem do processo criativo em detrimento da verossimilhança e não pode ser reduzido a mera consequência da psicologia dos artistas.
O expressionismo não constituiu um estilo ou movimento coerentes; artistas e grupos estavam despersos e possuíam "backgrounds" e formação diferentes.
Sobretudo os valores emocionais predominavam sobre os intelectuais. Era uma forma de arte representativa que incluía certos elementos essenciais: distorção linear, reavaliação do conceito de beleza artística, simplificação radical de detalhes e cores intensas.
Os expressionistas alcançaram um elevado senso de urgência por meio do uso de cores não naturais e formas alongadas e exageradas.
O movimento era associado a dois grupos de artistas, um baseado em Dresden e o outro em Munique, sendo que ambos possuíam muitos objetivos em comum.
Os artistas queriam distinguir-se da sociedade urbana burguesa, da qual a maioria deles se originou. Alguns levaaram uma vida comunitária em áreas rurais, onde desenvolveram uma fascinação por sociedades "primitivas", tornando-se colecionadores e imitadores da arte folclórica alemã, em um esforço para reacender a força vital da arte, que acreditavam ter sido suprimida.
Wassily Kandinsky - Unbroke line
Eles descobriram e foram influênciados pelo trabalho de Paul Gauguin (1843-1903) que, trabalhando primeiro na Bretanha e mais tarde nas ilhas do Pacífico, no final do século XIX, abandonara o uso de cores realistas, representando suas cenas frequentemente imaginárias com formas simples e planas que, mais tarde, caracterizam a pintura expressionista.
" O experssionismo é -e também o socialismo- um só grito contra o materialismo, contra o não espiritual, contra as máquinas, contra a centralização, e a favor do espírito, a favor de Deus, a favor da humanidade no homem". No cerne da teoria expressionista residia o paradoxo de que os dilemas pessoais e a expressão do artista, não obstante seu caráter particular e fortemente sujetivo, podiam reavivar noções utópicas de comunidade e identidade espirituais.
Marianne von Werefkin, Country Road
Marianne von Werefkin, Country Road

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Fauvismo

A dança de Henri Matisse
Foi o primeiro e mais breve movimento de vanguarda da arte moderna do século XX. O fauvismo teve seu apogeu entre 1905 e 1907, apesar de ter começado em 1901.
O nome surgiu devido à um pequeno grupo de companheiros de estudo que desenvolveram um estilo de pintura que lhes valeu o apelido "Les Fauves" (As Feras). Henri Matisse, André Derain e Maurice Vlaminck faziam parte desse grupo.
Luxe calme et volupté de Henri Matisse
A evidente liberdade de expressão, através do uso de cores puras e do exagero do desenho e da perspectiva, aturdiu e deixou perplexos aqueles que viviam essas obras pela primeira vez. Eles foram, por alguns anos, o mais experimental grupo de pintores trabalhando em Paris. Entretanto, de todos os movimentos artísticos do século XX, esse foi também o mais transitório e possivelmente o menos definível.
Van Dongen, membro desse grupo vagamente definido, negou a existência de "qualquer espécie de doutrina" disse ele " porque os impressionistas sustentaram certos princípios. Para nós, não havia nada disso, pensávamos apenas que as cores dos impressionistas eram um tanto monótonas."
© San Diego Museum of Art / © ADAGP, Paris, 2007; used with permission
Vilage on the river de Maurice Vlaminck
Pode não ter havido uma doutrina comum, mas sabemos por suas cartas, anotações e, é claro, pelas próprias obras, que Matisse, Derain e Vlaminck alimentavam nessa época crenças e ideias firmes sobre pintura altamente individuais e pessoais, e só compartilhadas durante breves períodos. O que é certamente indiscutível é a ausência de direção experimentada por colegas que expuseram com Matisse e os outros, e cujas obras eram encaradas como parte do fauvismo.
Em muitos casos, a excitação momentânea que manteve esses pintores animadamente na crista da onda e lhes permitiu o máximo de liberdade abandonando-os logo que seus trabalhos se desenvolveram e amadureceram.
Matisse era claramente o principal pintor, senão o líder do grupo; foi reconhecido como tal pela inegável superioridade de sua obra e por ser o mais velho, mas não fez qualquer tentativa de criar um movimento. De modo quase impensado inaugurou novas 
Banhistas de André Derain
possibilidades visuais que, na tentativa de segui-las nas duas principais exposições de arte moderna realizadas anualmente em Paris, o Salão dos Independentes e o Salão de Outono, e, por conseguinte, seus contemporâneos consideram sua obra como parte de um movimento. Apollinaire, por exemplo, refere-se a eles como tal ao descrever o fauvismo como "espécie de introdução ao cubismo".



Livros
- Conceitos da arte moderna - edição revista
- Arte moderna de Giulio Carlo Argan
- Uma nova história da arte 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Pós- Impressionismo

As banhistas de Pal Cézanne

Esse termo se refere à obra de vários artistas pioneiros que se seguiram ao surgimento do impressionismo e foi criado pelo pintor e crítico de arte inglês Roger Fry (1866-1934), em 1910 ele organizou uma exposição de arte moderna francesa em Londres intitulada "Manet e os pós-impressionistas" a mostra foi organizada das pressas e gerou críticas em geral desfavoráveis, mas chamou atenção porque apresentou o público inglês à arte europeia contemporânea, a maioria das obras eram de Cézanne, Gauguin e Van Gogh. Esses artistas não formavam um grupo unido ou um movimento, nem compartilhavam de um objetivo ou estilo comum.
Na prática, o termo "pós-impressionismo" é usado principalmente para descrever as obras de quatro artistas: Paul Cézanne (1839-1906), Georges-Pierre Seurat (1859-1891), Vincent Van Goh (1843-1903). Todos eles reagiram individualmente ao impressionismo.
Tarde de domingo na ilha da Grande Jatte de Georges-Pierre Seurat
O impressionismo revolucionou a arte francesa. Ele mostra novas maneiras de  retratar o mundo físico na tela, mas muitos artistas sentiam que havia chegado o um beco sem saída. Já não parecia suficiente pintar sombras e reflexos. Os artistas pós-impressionistas usavam cores vivas, camadas grossas de tinta, temas cotidianos e pinceladas expressivas que enfatizavam as formas geométricas. Surgiu também a técnica de divisionismo como Seraut chamava sua teoria de separação das cores, conhecida por pontilhismo.
Gauguin teve um encontro infeliz com Van Gogh em Arles, sul da França, onde Van Gogh vivia deprimido e na pobreza e onde criou muitas de suas mais admiradas obras. Os dois haviam se conhecido em Paris, onde se sentiram reprimidos diante das limitações do estilo impressionista. Um briga ente os dois artistas em Arles provocou um colapso em Van Gogh, durante o qual ele mutilou sua orelha esquerda.
Autorretrato de Vincent Van Gogh
Apesar do estado mental conturbado, Van Gogh conseguiu combinar formas decorativas e simples que descobriu nas gravuras japonesas e no simbolismo para criar um efeito marcante. A intensidade de Van Gogh é evidente em seu Autorretrato, aliás ao longo de 10 anos ele produziu 43 autorretratos. Em uma carta para sua irmã, ele escreveu que estava buscando "uma semelhança mais profunda do qual a obtida por um fotógrafo".















Fontes
-Arte Moderna de Giulio Carlo Argan
-Van Gogh de Ingo F. Walther