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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Cinema

Antes de retomar com a história da arte, abordaremos temas diversos como música, fotografia, cinema, etc.

É difícil achar uma pessoa que nunca tenha assistido algum filme, ou alguém que não se interesse por nenhum gênero... Sempre é possível se surpreender com alguma produção.
Desde o início, o cinema proporcionou romance e escapismo, como tapete mágico que afastava as pessoas da dura realidade (na época depressão americana e ópio do povo durante a II Guerra Mundial).
Em Hollywood, na Califórnia, a chamada "fábrica de sonhos" que criou a maior parte de "matéria prima de que eles são feitos". A cidade dominou a indústria cinematográfica mundial desde os anos 20, mas não como único protagonista em um mercado verdadeiramente global. O cinema criativo espalhou-se dos EUA e da Europa para o Centro Leste da Ásia e para o mundo em desenvolvimento, sendo exemplo surpreendente o Irã.
Surgiram diretores de singular imaginação como Ousmane Sembene e Souleymane Cissé.
China, Hong Kong, Taiwan e Coréia lançam filmes de alta qualidade visual e conteúdo profundo. A Espanha e os países latino-americanos ressurgiram.
Viagem à lua, 1902
Obstáculos entre os filmes de língua inglesa e o resto do mundo vêm desaparecendo, como comprova a mútua fertilização cultural de astros e diretores. A criança americana assiste a "animes" japoneses e desenhos da Disney, e os jovens ocidentais conhecem tanto filmes asiáticos de artes marciais quanto filmes de Bollywood quando o público do leste assiste a filmes americanos.
Cleópatra 1917
O cinema não oferece apenas entretenimento, é também "a sétima arte". Escrevendo sobre ele em 1916, o psiquiatra alemão Hugo Munsterberg discutiu suas propriedades ímpares e sua capacidade de reformular tempo e espaço.
Técnica avançadas, como câmera acelerada, som, technicolor, cinemascape e equipamentos mais leves, foram usados para buscar novas formas de expressão na rela grande.
Na última década do século XX, a tecnologia CGI (imagens geradas por computador) continuou essa exploração e as câmeras digitais acrescentaram recursos. Com o surgimento do vídeo e do DVD, e o download de filmes pela internet, eles podem ser vistos de diversas maneiras - "Hoje mais filmes vão às pessoas do que as pessoas vão aos filmes", disse o diretor britânico Peter Greenway.
Os diretores estão aprendendo a lidar com as novidades. Ainda assim, apesar do técnico, não importa onde e quando assistamos aos filmes, seja num celular ou numa tela gigante, a um drama intimista em preto-e-branco ou a um épico espetacular em Technicolor, é a qualidade intrínseca do filme-direção - que surpreende, provoca e delicia o público.


LIVROS
- Guia ilustrado zahar CINEMA de Ronald Bergan
- Tudo sobre cinema de Philip Kemp

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A maturidade da fotografia

The Seerage de Alfred Stieglitz
A fotografia foi aceita como forma de arte pela primeira vez no início do século XX. O termo "pictorialismo" surgiu para descrever fotografias que simulavam o estilo das pinturas e que eram manipuladas pelo uso de foco brando e tons de sépia, por exemplo. Fotógrafos americanos e europeus criaram sociedades para exibir suas obras e divulgar a fotografia como uma forma de arte que retratava a verdade e empregava o naturalismo. Um desses grupos foi o Câmera Club de Nova York. O fotógrafo pioneiro Alfred Stieglitz fez sua primeira exposição individual nas dependências do clube em 1899. Mas Stieglitz não ficou satisfeito, poi, naquela época, exposições de arte eram julgadas por pintores, e não por fotógrafos, e por isso ele decidiu montar uma exposição que fosse avaliada apenas por fotógrafos. Fundou um grupo chamado Photo-Secession e exibiu suas obras numa exposição no National Arts Club de Nova York em 1902, sendo aclamado pela crítica. Três anos mais tarde, ele inaugurou a Litte Galleries do grupo Photo-Secession, junto com o colega fotógrafo Edward Steichen. O lugar ficou conhecido como "291", numa referência a seu número na Quinta Avenida. Numa atitude revolucionária, eles exibiram fotografias ao lado de pinturas e esculturas modernistas. Stieglitz promoveu a obra de Steichen e os dois se tornaram amigos.
O edificio Flatiron de Edward Steichen
Steichen foi um pioneiro. Ele processou manualmente sua imagem do Edifpicio Flatiron de Nova York usando camadas de pigmento aplicadas sobre uma solução fotossensível de goma arábica e bicromato de potássio. Essa técnica resultou numa imagem colorida antes mesmo que a fotografia colorida fosse inventada, dando a imagem uma notável aparência de pintura. Tirada ao crepúsculo, a fotografia se assemelha a um quadro de Whistler, ao captar a luz indistinta e a atmosfera de sua localização à margem do rio. A composição faz uma referência às xilogravuras japonesas.
Depois da Primeira Guerra Mundial, os artistas entraram no espírito prevalecente de celebração da mecanização e da velocidade. O modernismo ficou evidente na obra dos fotógrafos na Europa, nos Estados Unidos e no Japão quando eles começaram a criar imagens repletas de arestas, geralmente em close, admiráveis por sua precisão e seus contornos claros. Nos Estados Unidos, um apadrinhado de Stieglitz, Paul Strand, criou imagens de áreas urbanas e paisagens com um quê de abstrato que dão ênfase à forma e ao movimento. Ele era membro da Photo League de Nova York, um grupo que buscava usar a fotografia como um modo de promover as reformas sociais na década de 1930.
Folha de repolho de Edward Weston
O grupo defendia a fotografia pura e buscava retratar uma imagem do modo mais realista  possível, sem o uso de manipulações. Suas obras com ênfase na profundidade de campoe revolucionaram a fotografia e a paisagem e prenunciaram um afastamento do foco brando do pictorialismo e uma aproximação das fotografias que mostravam detalhes sensíveis e belas formas orgânicas, como se pode ver em Folha de repolho, de Weston.