A palavra "pop" foi usada publicamente pela primeira vez no âmbito das artes visuais num quadro exibido na Galeria Whitechapel de Londres em 1956. Ela vinha estampada num avantajado pirulito vermelho trazido à altura dos genitais por um fisioculturista seminu na colagem intitulada " O que é que torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?". Quase todas figuras dessa espirituosa colagem foram tiradas de revistas americanas. O artista responsável por ela, Richard Hamilton, era membro de um movimento informal de críticos pintores, arquitetos, escultores e acadêmicos britânicos conhecido como O grupo Independente, que se reuniu pela primeira vez em 1922 no instituto de Artes Contemporâneas de Londres para discutir o interesse comum pela cultura de massa americana contemporânea, de propaganda e embalagens à música popular, revistas e histórias em quadrinhos.
Em 1956, a pop art era uma tendência cuja época- e cujo nome, também ainda não havia chegado. Muito embora o crítico de arte Lawrence Alloway já usasse o termo em 1958, o mundo artístico internacional, indiferente, tardava em compreendê-lo. Dominado na época pelo expressionismo abstrato americano, ele quase não dava atenção a outras coisas, muito menos a uma nova e obscura forma de arte britânica. Nos Estados Unidos, porém desenvolvimentos independentes e paralelos ocorridos ao longo da década começaram a contestar a hegemonia do expressionismo abstrato revelando obras com conotações pop.
O súbito florescimento da pop art como fenômeno artístico e midiático onipresente nos dois lados do Atlântico aconteceu no começo da década de 1960. No Reino Unido, o momento crítico foi a exposição "Jovens Contemporâneos", em 1961, que colocou à vista do público artistass como David Hockney, Peter Blake, Patrick Caufield e Derek Boshier. Nos Estados Unidos, 1962 foi um ano crucial, com as primeiras exposições de futuros expoentes da pop art como Roy Lichtenstein, Tom Wesselman e Andy Warhol.