A arquitetura estava mais de acordo com os romanos do que a escultura ou pintura, já que estava diretamente ligada à necessidade do homem. Algumas características como o uso do arco e de abóbada veio sob influência da arte etrusca.
Os romanos nunca manifestaram como os gregos, sensibilidade e sentido de equilíbrio, nunca conseguiram aquela harmonia perfeita entre a concepção do conjunto e o pormenor que caracteriza as grandes obras atenienses.
A maior parte das construções civis romanas, caíram em ruínas, por falta de cuidados.
Foram construídos numerosos anfiteatros por todo Império. O de Nîmes é um dos mais bem conservados. Cabia cerca de cinquenta mil pessoas, era um lugar de espetáculos de combates, lutas de gladiadores, etc. Foi necessário prever um grande número de escadarias e de saídas para facilitar a entrada e saída do público. São também de origem romana são os elementos clássicos encontrados na arte medieval no Ocidente.
Anfiteatro de Nîmes |
Quando uma nova força criadora chamada Renascimento apareceu na Itália, no século XV, os habitantes desse país procuravam muito naturalmente inspiração na Roma Imperial.
Durante o século XIX todas as academias permaneceram ligadas a tradições herdadas de Roma.
O espírito prático dos Romanos orientava-os para o real e não para o imaginário. E do mesmo modo que produziram uma arquitetura racional, o objetivo principal da escultura foi fixar os traços dos que governavam o Império, continuando a tradição etrusco-itálica do retrato fiel, muito expressivo, quase psicológico.
O artista concentrava toda sua atenção na cabeça, onde os traços sobressaíam graças aos efeitos da luz. A pesar dos olhos grandes, as fisionomias têm um realismo intenso.
A vestimenta pelo contrário, é representada num estilo mais sóbrio. Na escultura eles davam uma sensação de profundidade, utilizando técnica de relevo, ou seja, os personagens de primeiro plano eram em alto-relevo e os de segundo plano em baixo-relevo, representando estilo helenístico, combinado com os elementos decorativos dando uma maior aproximação do real, na medida do possível. Os romanos também tinham um gosto pela narração, pois cada acontecimento é descrito com a máxima precisão, dispostos em sequência e com a separação adequada.
Coluna de Trajano |
A arte romana, tal como a arte helenística, foi julgada de maneira diferente ao longo dos séculos. O Renascimento, que não conhecia a arte clássica, considerava a escultura tardia como uma meta que todo o artista devia atingir. Mas a descoberta do período clássico da arte grega, no fim do século XVIII e princípios do século XIX modificou esta opinião A arte romana deve muito a arte grega, o realismo, a falsa perspectiva e a narração cronológica são frutos do gênio prático dos romanos, desse espírito que introduziu na arquitetura uma concepção de espaço nunca igualada até então, e que por isso mesmo continua a ser uma das mais notáveis de todos os tempos.
Fonte do dia
Livro - Coleção História Mundial da Arte Vol.II
Fonte do dia
Livro - Coleção História Mundial da Arte Vol.II
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