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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Arte Romana

Segundo a lenda, Roma foi fundada pelos Etruscos em 753 a.C. Durante a República, a arquitetura romana tomou lentamente consciência da sua originalidade, e encaminhou-se depois, pouco a pouco, para as grandes realizações da época imperial de 27 a.C. a 476 d.C.
A arquitetura estava mais de acordo com os romanos do que a escultura ou pintura, já que estava diretamente ligada à necessidade do homem. Algumas características como o uso do arco e de abóbada veio sob influência da arte etrusca.
Os romanos nunca manifestaram como os gregos, sensibilidade e sentido de equilíbrio, nunca conseguiram aquela harmonia perfeita entre a concepção do conjunto e o pormenor que caracteriza as grandes obras atenienses.
A maior parte das construções civis romanas, caíram em ruínas, por falta de cuidados.
Foram construídos numerosos anfiteatros por todo Império. O de Nîmes é um dos mais bem conservados. Cabia cerca de cinquenta mil pessoas, era um lugar de espetáculos de combates, lutas de gladiadores, etc. Foi necessário prever um grande número de escadarias e de saídas para facilitar a entrada e saída do público. São também de origem romana são os elementos clássicos encontrados na arte medieval no Ocidente. 
Anfiteatro de Nîmes
Quando uma nova força criadora chamada Renascimento apareceu na Itália, no século XV, os habitantes desse país procuravam muito naturalmente inspiração na Roma Imperial.
Durante o século XIX todas as academias permaneceram ligadas a tradições herdadas de Roma.
O espírito prático dos Romanos orientava-os para o real e não para o imaginário. E do mesmo modo que produziram uma arquitetura racional, o objetivo principal da escultura foi fixar os traços dos que governavam o Império, continuando a tradição etrusco-itálica do retrato fiel, muito expressivo, quase psicológico.
O artista concentrava toda sua atenção na cabeça, onde os traços sobressaíam graças aos efeitos da luz. A pesar dos olhos grandes, as fisionomias têm um realismo intenso.
A vestimenta pelo contrário, é representada num estilo mais sóbrio. Na escultura eles davam uma sensação de profundidade, utilizando técnica de relevo, ou seja, os personagens de primeiro plano eram em alto-relevo e os de segundo plano em baixo-relevo, representando estilo helenístico, combinado com os elementos decorativos dando uma maior aproximação do real, na medida do possível. Os romanos também tinham um gosto pela narração, pois cada acontecimento é descrito com a máxima precisão, dispostos em sequência e com a separação adequada.
Coluna de Trajano
A arte romana, tal como a arte helenística, foi julgada de maneira diferente ao longo dos séculos. O Renascimento, que não conhecia a arte clássica, considerava a escultura tardia como uma meta que todo o artista devia atingir. Mas a descoberta do período clássico da arte grega, no fim do século XVIII e princípios do século XIX modificou esta opinião  A arte romana deve muito a arte grega, o realismo, a falsa perspectiva e a narração cronológica são frutos do gênio prático dos romanos, desse espírito que introduziu na arquitetura uma concepção de espaço nunca igualada até então, e que por isso mesmo continua a ser uma das mais notáveis de todos os tempos.

Fonte do dia
Livro - Coleção História Mundial da Arte Vol.II

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