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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Arte Românica

O termo românico designa vários estilos espalhados na Europa Ocidental nos séculos XI e XII, estilos esses com certos traços comuns, mas também com grandes diferenças. A maior parte da arte sai dos mosteiros que eram os centros de saber, criatividade e riqueza. 
No século XIII quem saísse da Itália e fosse pra Espanha, França ou Grã Bretanha encontraria, em todas as cidades, turmas, aquedutos e templos relativamente idênticos, embora não fosse exatamente igual, as semelhanças eram marcantes para que o viajante não se sentisse deslocado. A língua falada, oficial, era apenas uma, o latim, e por toda parte entre gente civilizada, se encontrava os mesmo costumes, as mesmas ideias e o mesmo modo de vida.
Com a chegada dos bárbaros à Europa Ocidental, desapareceu a unidade romana e deu-se início a chamada Idade Média. Entre 500 e 1000, cada região e cada povo começa a evoluir em diversos sentidos, logo, procuram diferenciar-se por meio da expressão, diante disso, surgem as novas línguas como o italiano, o francês e o espanhol, que pouco a pouco distanciam-se do latim.

Fachada da Basílica St. Sernin, Toulouse, França
 Planta de St. Sernin, Toulouse

A arte românica não é uma simples imitação do estilo dos antigos romanos, ela recebe influência do Egito, da Pérsia, França, Suíça, Bélgica, Alemanha, da arte bizantina, da Grécia e da Turquia.
Um ponto em comum permite-nos falar sobre a arte românica como de uma entidade, pois a presença em todas essas comunidades tinham um mesmo sentimento religioso, porque ela foi essencialmente uma arte sacra. 
A energia religiosa desse tempo foi, sobretudo, encarnada pelas Cruzadas. É evidente que a intenção de retomar a Terra Santa aos Sarracenos foi reforçada por um desejo de aventura, mas não podemos duvidar da importância que teve o fervor religioso na sua organização. Enquanto isso a igreja trabalhava incessantemente na reforma da sociedade, estabelecendo paz e esforçando-se por se reformar a si própria, criando novas ordens.
Afresco Cristo em Majestade (c. 1123)
No que diz respeito à construção, o progresso mais importante foi, sem dúvida, o ressurgimento da arte de talhar e de aparelhar, que se perdera desde o fim da antiguidade. Algumas características marcantes da arquitetura dessa época são: abóbadas em substituição ao telhado das basílicas; pilares maciços que sustentavam e das paredes espessas; aberturas raras e estreitas usadas como janelas; torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e arcos que são formados por 180 graus. 
Durante o primeiro século da Idade Média, a escultura desapareceu quase por completo. Quando reapareceu, procurou modelos nas artes menores de que os mosteiros tinham conservado como tradição; miniaturas, mosaicos, objetos de ourivesaria ou de marfim.
A pintura submete-se aos imperativos arquitetônicos, localizando-se com maior frequência nas abóbadas, nas paredes e na abside, de acordo com as tradições do Oriente.Tal como na escultura, a pintura desempenha um papel simultaneamente decorativo e educativo, narrando a História Sagrada em imagens ao alcance dos simples.


Livros
- Arte Románico de Norberto Wolf
- Tudo sobre arte 

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