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quarta-feira, 15 de maio de 2013

Princípio da música

Conhecendo a história musical 


Hoje vamos falar brevemente sobre música, que é uma das variadas formas de arte que move muita gente pelo mundo inteiro. Assim como Aristóteles, que a considerava uma imitação da alma humana.

Em sua origem, a música foi a primeira linguagem do homem, sendo apenas uma atividade  muscular adaptada à condições de luta pela vida. Tendo que sobreviver sem grandes recursos, sem saber falar, o homem precisava de uma forma de se comunicar, começou então a imitar os sons da natureza.
Seu desenvolvimento acompanhou de diversas maneiras o da sociedade humana.
Como forma de exaltação, a música permanece ligada à magia, à religião, à ética, à terapêutica, à poética, ao jogo e ao prazer também, ela constitui um dos aspectos fundamentais das velhas civilizações.
Como ainda não havia um meio de registrar o som, sua transmissão era assegurada de geração em geração através da imitação, eles tinham de memorizar tudo, só depois  começaram a usar o ensino sistemático.
Na antiguidade, a música constitui a mais alta sabedoria, por ser a chave de todas as outras. Em certas civilizações esse conceito ainda existe hoje em dia.

As qualidades atribuídas à música, são ligadas à nossa interpretação. De fato, a música consegue comover, ás vezes intensamente, por qualidades imprevisíveis atribuídas do "gênio" e não por ordem previsível decorrente do sistema.
O primado do visual vai substituir o do auditivo na civilização ocidental, ou seja, a música perde sua situação privilegiada na cultura e na vida cotidiana.
Resulta disso uma diminuição progressiva da sensibilidade aos fenômenos sonoros.
O próprio ensino confia cada vez mais na vista da criança e cada vez menos no seu ouvido.

Na sociedade industrial, a depreciação do auditivo tornou-se ainda mais aguda, talvez porque o olho é atento, escolhe e controla o objeto de sua função, já o ouvido não se abre nem se fecha à nossa vontade, recebe uma grande mistura sonora, escolhe com dificuldade e é pouco atento. Nessas condições, a música é suspeita a tal ponto que a profissão de músico parece singular, indigna a uma certa burguesia.
Parecia natural pelo menos que a elite intelectual sempre se preocupasse em conservar para a música um lugar honroso em sua cultura e seus trabalhos. Muitos músicos eram considerados criados, outros vagabundos, alguns viram-se dependendo inteiramente de uma elite social não raro incapaz, desde o século XVIII, de justificar suas pretensões a certo nível cultural. A humildade inconveniente de numerosas dedicatórias soa ainda mais falsa porque os destinatários, cujas boas graças, o músico precisa conquistar a qualquer preço, acumularam enganos e injustiças.
Para mostrar que escapavam dessa subordinação, grandes músicos orgulhavam-se de se proclamar "diletantes", isto é, independentes. Satisfeitos por não terem de ostentar à frente de suas obras impressas, os sinais de qualquer servidão.
Caberá a Beethoven restituir a todos os músicos o sentimento de sua dignidade. Mas a atividade marginal dos músicos hoje mal encontra uma justificação que não seja em termos econômicos, a tal ponto, sua função social é incerta. 

Fonte
Livro - História universal da música I de Roland de Candé

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